STECCO

Método de avaliação e tratamento da fáscia muscular profunda, desenvolvido pelo fisioterapeuta italiano Luigi Stecco.

Ele mapeou pontos miofasciais que se organizam de forma a controlar os movimentos musculares e articulares.

A fáscia muscular profunda pode sofrer um processo denominado densificação, onde há aumento da concentração de ácido hialurônico entre as suas camadas. Ela dificulta o deslizamento entre as camadas da fáscia, ricamente inervada, podendo gerar dores de origem e características miofasciais, além de disfunções de movimento e sobrecarga muscular e articular.

O tratamento consiste em identificar qual sequência de pontos em densificação estão gerando os sintomas, e então tratá-los através de terapia manual.

Indicações do Tratamento

Considerada a mais popular abordagem de terapia manual baseada em evidências, a manipulação fascial Stecco consiste em um método de tratamento desenvolvido pelo médico italiano Luigi Stecco, aprofundado por seus dois filhos Carla e Antonio Stecco. Durante 40 anos, essa família realizou pesquisas, estudos anatômicos e análises da prática clínica para uma ampla variedade de disfunções musculoesqueléticas. Os resultados foram surpreendentes!

A base do método reside na identificação de uma área específica da fáscia conectada com a limitação de um movimento específico. Uma vez identificado este movimento, limitado ou doloroso, um ponto específico na fáscia é implicado e, logo, por meio da sua manipulação específica e exata, o movimento pode ser restaurado.

Observamos então que a técnica é um procedimento analítico que resulta em tratamento personalizado. Trata-se de uma combinação de movimentos codificados e testes palpatórios, que permitem determinar quais fáscias estão envolvidas na disfunção.

A execução do Método Stecco começa com uma avaliação cuidadosa da condição do paciente e da área do corpo que será tratada. Em seguida, o terapeuta posiciona o paciente em uma posição confortável, geralmente deitado em uma maca de tratamento.

O terapeuta então localiza a área afetada do tecido conjuntivo e aplica compressão sustentada com as mãos, utilizando uma pressão firme e constante por um período de tempo determinado. Essa pressão pode ser aplicada diretamente sobre a pele ou por meio de roupas leves.

Em seguida, o terapeuta aplica fricção transversa profunda, utilizando movimentos de fricção firmes e contínuos na direção transversal do tecido conjuntivo. Essa técnica ajuda a quebrar as fibras de colágeno que estão formando as aderências e fibroses.

O terapeuta também pode realizar mobilizações miofasciais, utilizando movimentos suaves e rítmicos para melhorar a mobilidade e elasticidade do tecido.

Durante todo o processo, o terapeuta avalia constantemente a resposta do paciente e ajusta a pressão e a intensidade das técnicas conforme necessário.